terça-feira, 12 de abril de 2016

Torrentes do Neguebe

Deus está sempre disposto a derramar Suas bênçãos em nossas vidas, que mais parecem uma corrente intensa de águas decorrentes de chuvas muito fortes, por isso Davi comparou as bênçãos do Senhor às torrentes do Neguebe, veja: “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe”. (Salmo 126:4).

O Neguebe era uma região desértica ao sul da Palestina (na época território de Israel),abaixo da linha das cidades de Belém e Hebrom. O Neguebe era um lugar árido, muito seco, um grande deserto, mas que durante os meses de outubro a abril (a estação das chuvas), recebia um fenômeno natural e espantoso: as chuvas fortes em regiões distantes faziam correr dos montes uma enorme quantidade de águas e estas águas iam aos poucos formando riachos que regavam o deserto levando vida em abundância.

A terra seca se transformava em belos campos floridos, a vegetação enchia de vida o vale e os animais voltavam a povoar a paisagem, antes deserta e estéril.

Davi conhecia bem a região do Neguebe, porque foi por lá que ele andou quando estava fugindo do rei Saul, que queria mata-lo. Muito provavelmente Davi assistiu ao fenômeno das torrentes restaurando o vale do Neguebe e usou essa imagem na bela oração do Salmo 126.

As torrentes no Neguebe restauravam a vida no deserto, porém existem águas tão fortes quanto às torrentes do Neguebe e bem mais poderosas que elas: as águas da  restauração do Senhor.  Davi olhou para sua própria vida e de seu povo e as comparou ao deserto do Neguebe, mas em seguida ele se lembrou que mesmo aquele vale estéril era restaurado de tempos em tempos pelo Senhor e fez sua oração: restaura as nossas vidas do mesmo jeitinho que as águas fortes enchem de vida o Neguebe.


O vale do Neguebe escondia debaixo de sua aparência desértica, inóspita e solitária uma vocação natural para jardim regado. O Neguebe não tinha águas próprias, porque as torrentes eram decorrentes de chuvas que aconteciam distante e que escorriam dos montes restaurando a vida no vale.

Nenhum de nós tem vida em si mesmo, Jesus é o Senhor da Vida e é Ele quem determina o curso e a duração de nossos dias. Jesus é o Senhor da História (EU SOU o Alfa e o Ômega) e é Ele quem escreve as páginas de nossa história pessoal. Jesus morreu por nossos pecados e nos dá o Espírito Santo para habitar em nossos corações, portanto a vida espiritual nos é dada também por Jesus.

O Neguebe e cada um de nós têm muito em comum. Fomos criados por Deus para sermos jardins regados, mas o diabo destruiu nosso jardim e nos deixou sem brilho, sem vida e sem comunhão com o Deus Criador. Hoje, todos os que reconhecem Jesus como único Salvador, recebem as águas torrenciais da restauração, do mesmo jeitinho que o Neguebe recebia as águas dos montes.

Do alto, dos montes, vinha às águas que enchiam de vida o vale do Neguebe. Do alto, do Senhor, vêm as águas do Espírito que enchem nossa vida, outrora deserta, num manancial de águas que nunca, nunca secarão. As águas da restauração só podem vir do trono de Deus, porque ninguém consegue restaurar sua própria vida espiritual e materialmente se do céu não lhe for dado.


A sequidão do Neguebe é um tipo de nossa vida sem Deus. A abundância das águas que veem de cima e restauram a vida, é um tipo de nosso encontro com Jesus. Havia outros desertos em Israel, mas nenhum deles recebia vida todos os anos. Seja um Neguebe florido, cheio de vida e abundância de frutos, reconheça Jesus como seu salvador pessoal. 

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